sexta-feira, 16 de julho de 2010

The killing of a chinese bookie


Revisto ontem. Obra prima absoluta!! Alguns belos filmes foram feitos sobre auto-destruição e espetáculo (não versus; e): O que terá acontecido a Baby Jane?, Cuidado com a  puta sagrada, Lola Montés, All that jazz, Olhos na boca; alguns filmes foram odes à destruição entrevista como espetáculo ( Idade da terra), ou  mosaicos crítico-genealógicos sobre o caráter destrutivo da indústria do espetáculo, aliada da Guerra( Histórias do cinema). Mas nenhum foi tão irônicamente crepuscular e tão figurativamente rico ( em várias sequências, Cassavetes flerta com o que de mais sofisticado se pode imaginar em matéria de invenção formal, de Brakhage a Jackson Pollock, de Whistler a Ernie Gehr, de Budd Boetticher a Vincente Minnelli e Jonas Mekas). Nenhum reinventou o estoicismo em chave decadentista de maneira tão histrionicamnete sepulcral; ninguém ( fora Godard e Grosz, em outros registros) acusou tão sarcástica e desiludidamente o Demônio do capitalisto tardio, encarnado agora na carcaça da Cultura, este "cadáver adiado que procria"...

Nenhum comentário: