segunda-feira, 27 de junho de 2011

O rosto

Revi agora O rosto do Bergman. Uma lição atrás da outra de como se fazer economia do contracampo: basicamente, renquadramentos à la Lang que expõem os confrontos fenomenológicos entre consciências que o filme enfeixa num panorama entre histriônico e tenebroso; vaudevilles, clins d’oeil expressionistas, recitativos de bruxas, solilóquios de monstros ( um Frankenstein frígido que aspira a Hyde, um Hyde que suplica por redenção), tudo num sótão feérico à la Cocteau, laminado por uma pátina de jacobean revenge drame. Pugilismo frontal ( comme il fault) infiltrado por todas as nossas assombrações ( de poder) da infância. A ver em dupla com o Judex do Franju, outro conto de fadas contado pelo duende da história.

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