terça-feira, 22 de março de 2011

A Religiosa


vi La religieuse ontem e... é genial como Rivette ( by Diderot) transforma um proto-exploitation num filme evanescente e coleante sobre mise en scène encarnada; é uma adaptação do credo da "graça epifânica" rosselliniana ao divertissement do século 18: bailados, mazurcas, quadrilles festejam uma carne mortificada, que só pode exister eroticamente "para a cena e pela cena". E que austeridade raciniana!, transposta para o corte, glacialmente cortante como uma réplica de Courtelin.


Nenhum comentário: