terça-feira, 27 de setembro de 2011

Tree(s)

http://fipresci.org/awards/texts/gp11_malick_amartin.htm

Belo texto do Martin, e tão despirocado quanto o filme. O velho Malick continua ali, no meio do filme dentro do filme, na infância das crianças. E provavelmente com um corte- o seu corte característico, que provoca uma espécie de suspensão no gesto, uma intermitência, como a flutuação de um resíduo de luz na paleta de Monet- mais apurado do que nunca. Mas este esquivo proto-filme está contido por um container metafísico-teleológico, uma aberração categorial; o projeto do filme é falho, mas o grande pequeno artista impressionista nos espia ainda pelas frestas do monstro.
http://www.youtube.com/watch?v=P3SeriG1xmM&feature=related


Revisão do meu Pialat favorito com Infância nua e... é incrível como o desaparecimento do Pai no início do filme é um golpe de cena tão genial - edipiano, arquetípico- quanto o fantasma do pai na abertura do Hamlet, golpe de cena que, à semelhança da representação teatral no final da peça, prepara o desmascara(caralha)mento do final do filme... aliás, tudo a ver.

sábado, 24 de setembro de 2011

Nós não...


Revisão do dolorosíssimo Nós não envelheceremos juntos e... Este título é um pedido de desculpa e um good bye. Mas não dele para ela, e sim dela para ele. “Eu te amo, suplicante e vãmente, mas se eu não ir embora, você vai me destruir”. O que percebemos no final é que, embora alquebrada e rota a cada seqüência, era ela quem detinha a força, o pneuma, o espírito. Era ele o caco. E é sintomático que Pialat encerre o filme ao som do dueto da Criação de Haydn em que Adão e Eva choram a perda do Paraíso perdido, agora eternizado em celulóide.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Vendo Underworld story do Endfield, sinistra sessão dupla com Force of evil. É incrível cono o cinema clássico americano- o grande herdeiro do expressionismo alemão- soube transformar os fantasmas freudianos/familiares dos alemães em fantasmas abstratos, funcionais, em dar ao Angst um rigor conceitual e um diapasão geométrico: o poder corruptor do capital ou a monstruosa ambição da grande imprensa. Os últimos Langs já não contam; são autópsias estruturalistas, pura e simplesmente.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Atualização Mekas

Cinética com uma bela atualização sobre Jonas Mekas, com textos sobre e do cara. Link aqui pro meu texto sobre Walden, outro sobre Andy Warhol e sobre As coisas simples da vida, última obra-prima de Edward Yang.


http://www.revistacinetica.com.br/walden.htm


http://www.revistacinetica.com.br/warholjunior.htm


http://www.revistacinetica.com.br/yiyi.htm


... e agora vou rever Passion que ninguém é de ferro.