Texto meu na Revista Lumière sobre o "maneirismo pobre" de Júlio Bressane.
http://elumiere.net/especiales/bressane/manierismo_bressane.php
domingo, 8 de dezembro de 2013
sexta-feira, 6 de dezembro de 2013
Nova edição da Cinética, com pauta James Benning. Texto meu sobre Landscape suicide e Acéphale, de Patrick Deval.
http://revistacinetica.com.br/home/landscape-suicide-de-james-benning-eua-1987/
http://revistacinetica.com.br/home/acephale-de-patrick-deval-franca-1969/
http://revistacinetica.com.br/home/landscape-suicide-de-james-benning-eua-1987/
http://revistacinetica.com.br/home/acephale-de-patrick-deval-franca-1969/
sexta-feira, 6 de setembro de 2013
No Dicionários, textinho foda do Narboni sobre um early-Godard que particularmente adoro, Les carabiniers.
http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4761780293136490854#editor/target=post;postID=8049503110304699009;onPublishedMenu=allposts;onClosedMenu=allposts;postNum=0;src=postname
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quarta-feira, 19 de junho de 2013
Máscaras e mascarados
Há um dos documentos mais relevantes que conheço sobre
cinema: um filme “didático” feito por Rohmer para a televisão francesa sobre
Louis Lumière, em que ele intercala trechos de seus filmes com um papo com os
mestres Langlois e Jean Renoir. Em um determinado momento, Langlois nos dá a
chave para compreender a complexa dialética mobilizada ali, e que tenta, pelos
meios civilizados ( de la litote, comme d’habitude) que eram comuns aos três
homens, desmistificar esta oposição, tão cara à crítica acadêmica, entre
Lumière e Méliés. Ele nos lembra que Lumière “mandou” os operários saírem
novamente da fábrica, porque a porta se fechava muito abruptamente e a câmera não tinha tempo de “dar o tempo
necessário” à captação daquela experiência lumpemproletária; fora o fato de que
Lumière filmava num certo cadre ( limite espacial), num limite temporal (
devido à pobre sensibilidade à luz da película ortocromática), etc...Ele reencenava o espaço-tempo.
Todo cineasta sabe que o espaço que ele vê quando chega na
locação não é o espaço da percepção ordinária, uno e contextualizado; é já um
espaço pré-decoupado, pré-montado mentalmente- já “significativo”,
proto-ficcionalizado. A prise de vue
baziniana já carrega o selo do sentido e o filtro da magia. Um grande ( um dos
maiores) filmes que trabalha esta dialética é Le sang des bêtes, de Franju, em
que o lirismo e o horror contraem núpcias: o excesso de realismo da morte dos
animais acaba por dar uma impressão de super-realidade ( surrealidade), por
intercessão das mediações- as imagens dos arrabaldes “feéricos”de Paris. Feéricos
no sentido de que estes nichos de clochards e crianças ao léu viram depósitos
onde se acumula todos aqueles objetos encantados ( porque retirados da linha de
produção de “troca” do capitalismo) que Rimbaud cita em Uma Temporada no inferno:
refrões velhos, árias de ópera pitorescas, bonecas sem cabeça, etc ; objetos
que, como as ruínas da capital francesa, inspiraram a Benjamin os collages , entre
documentais e escatológicos ( mas há diferença, a esta altura?), de seu último
livro-monumento.
Máscaras, de Noêmia Delgado ( 1976) é destes filmes em que a dita oposição,
desmascarada comme il fault, retoma o seu constelacionismo dialético: aqui,
trata-se de fixar o olho “autopsista”, escrutinador e mecânico da câmera sobre
as ficções, os jogos e as glosas do que acontece em torno.
Em cinema, arte onto-numinosa, basta saber ver para ver do que é feito o mundo: de mistério, maravilha e
horror. É apenas isto o que todo grande filme nos sussurra e morde.
ps: e tem completo no youtube...
quarta-feira, 5 de junho de 2013
Serial killer, Adachi 1969
A flânerie adquiriu no Ocidente uma aura- a aura!-, um stimmung fenomenogógico espectralmente
utópico: nela e por ela, o modus vivendi funcionalista da “divisão
social do trabalho” capitalista era esterilizado: ao flertar com as vitrines e
os transeuntes, deslocamo-nos e divergimo-nos , mas não apenas no espaço;
diferimos, dessacralizamos o tempo que deveria ser destinado à produção, preenchido pelo modus operandi. Este diferir é
democrático- ou antes: qualquer, casual, brincante. Serve ao artista, à criança, à puta, ao serial killer ( não seriam
todos estes – antes da divisão social do trabalho, nosso vero vírus psicótico-
flâneurs?). É isto que nos sussurram estas circunvoluções suburbanas, estas
digressões inscritas sobre o cal e o concreto, estes mabusianos travellings
fantasmas, estes devires-derivas: por aqui passou ( foi) um serial killer de
nome, identidade... ao filme pouco importa, como a qualquer ente digno
de pronome: o seu espaço-tempo fantasma incrustou-se no espaço-tempo gregário e
laboral dos que se apropriam da rua como meio- trajetória, via expressa,
sarjeta- para fins que não lhes dizem respeito: gregários, laborais, quaisquer.
Os travellings trânsfugas, os zooms estrábicos, os faux-raccords zuretas de
Adachi tentam justamente inventariar este espaço ininventariável dos seres que
habitam a cavidade, a fresta, a réstia: crianças,
mendigos, mortos,anjos e serial killers. E não é a estes zumbis ontológicos, grafittis
do possível- nutridos com o sangue, o esperma e os pesadelos dos homens de bem
e de ponto- que se destina toda arte digna de memorabilia?
quinta-feira, 14 de março de 2013
Nova e bela Revista Cinética no ar, agora com parâmetros críticos superiores- leia-se: hermêuticos, ensaísticos. Além do mais, uma extraordinária e divertida entrevista do Francis com Luc Moullet, espécie de cartão de visitas da nova cara e coragem da revista. Textos foda do Fábio Andrade e do Filipe Furtado, respectivamente sobre Caverna dos sonhos esquecidos e Django do Tarantino, cobertura de Berlin...E aqui links de quatro textos meus que me deram muito tesão e orgulho de escrever, sobre a escrotice Amour, Morrer como um homem ( pauta J.P.Rodrigues), O cinema de F.S.Ossang e O sopro do presente sobre O que se move de Caetano Gotardo. Enjoy!
http://revistacinetica.com.br/home/amor-amour-de-michael-haneke-francaalemanhaaustria-2012-2/
http://revistacinetica.com.br/home/o-que-se-move-de-caetano-gotardo-brasil-2012/
http://revistacinetica.com.br/home/o-cinema-de-f-j-ossang-da-parte-maldita-e-outros-luxos-punk/
http://revistacinetica.com.br/home/morrer-como-um-homem-de-joao-pedro-rodrigues-portugalfranca-2009/
sábado, 9 de fevereiro de 2013
Bombando meu canal no youtube com novos vídeos. Postei A Morte e o Diabo do Sytephen Dwoskin completo, dois curtas do Alain Guiraudie- La force des choses e Tout droit jusqu'au matin-, a cena final de Le mirage do Guiguet, além de trechos de Nocturno 29 do Portabella, Tam tam e Le chateau de Pontilly do Adolfo Arrieta.