quinta-feira, 1 de março de 2012

The bank

http://www.youtube.com/watch?v=TIQR7j87Gis


Não é só a posição da câmera-“mostrar”, comme il fault-, mas o escalonamento variável das distâncias entre a câmera e o vagabundo ( proletário aqui) que é conclusivo. Dependendo da distância, o gesto ora se expande, ora retrai-se, ora parece fortuito, ora predatório, ora jubila ora massacra. Chaplin nestes curtas geniais imprime à pantomima o caráter de um catalisador demoníaco das forças que saturam o espaço; estas mesmas forças en sursis que logo tomariam o primeiro plano da cena, sob a forma calcinada dos cadáveres da Primeira Guerra Mundial. Além dos prodígios com os limites do cadre ( que compartilha com Griffhth), é a secura e a crueldade que tornam seus curtas ainda tão presentes. Verdadeiros Sades hors boudoir; jeu de massacre puro. Os sentimentais morrem cedo: de Harry Langdon, só Lang pants restou.

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