sexta-feira, 30 de julho de 2010

Do romanesco




Como era verde o meu vale, La fiamma che non se spegne, Une partie de campagne, Juventude em marcha, História de Taipei, Sob o signo de capricórnio, As Fúrias, Dias de paraíso, Contos dos crisântemos tardios, Filho único, Beatrice Cenci, O desprezo, In a lonely place, Vai e vem, Infância nua, Francisca, Sicilia... A arte do romanesco não consiste apenas em contar histórias, mirrado inventário de efemérides; mas em presentificar: é a arte de recolher e preservar na liturgia do ritmo e no lusco-fusco do signo presenças que teriam ficado pelo caminho, se não fosse...é dar à lanterna mágica da intimidade a suntuosidade e o fausto alegórico de um rito de iniciação: da efeméride à Eternidade, da História ao mito; uma nova e talvez última chance aos ausentes... não apenas humanos, mas aos outros que abrigaram: às paisagens contempladas, às palavras sussurradas, ao beijo roubado e embalsamado na boca, ao andante que aconchegou a hora final.

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